segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Meu vício e Bruce Springsteen...

Para mim, esses shows de música são quase como uma droga. Eu preciso de cada vez mais doses de música boa direto na veia para sentir a emoção que estou buscando. É preciso que seja de boa qualidade, nada de mistura, nada de música batizada, nada de mimimi. É um vício e as doses tem que ser cada vez maiores. E para sentir a tal da onda, o som tem que ser de primeira. A noite já estava chegando ao fim. Minhas esperanças se acabando. Pensei: só falta o Bruce para salvar minha noite. E ele salvou.

21/09/2013: uma noite memorável. E olha que eu nem estava pensando em ir ao Rock in Rio. Exceto pelo show do Bruce Springsteen, nada chamava minha atenção. Parênteses: depois eu fiquei sabendo que o show do Bruce havia sido eleito pela revista Rolling Stones como um dos 50 melhores shows da atualidade. Detalhe: ele é o número 1 do ranking! Nota mental: ler com regularidade a Rolling Stones.

Fonte: Revista Rolling Stones. "50 Greatest Live Acts Right Now"
http://www.rollingstone.com/music/news/50-greatest-live-acts-right-now-20130731


Fecha parênteses. Tudo bem, tinha o Muse que era promessa, mas esse show eu já tinha assistido (e amado, btw) em Barcelona 3 meses atrás. No entanto, para minha sorte (e eu só saberia disso depois), um casal de amigos desistiu de ir no RiR no sábado e anunciou no Facebook. Meia entrada, justamente para o dia do Bruce. Tô dentro! Quem sabe não consigo uma dose de música que me dê aquela onda de novo?

E lá fomos nós, tênis no pé e pouca disposição na alma, para o festival #detudoumpoucoepoucorock. Mas vale pelo evento, pelo clima de festa, pelo astral, etc e tal, pensei. E quem sabe ainda dou sorte?

Chegamos já no fim do show do Skank e perdemos a queima de fogos da abertura do Palco Mundo. Encontramos uns amigos e conversamos mais que qualquer coisa durante a apresentação do Gogol Bordello. Em seguida, o tal Phipip Philips que, soube por comentários por lá, tinha ganhado o American Idol ou algo que o valha. Honesto,  lembrou muito o meu amado Dave Mathews, mas precisa de muita estrada. E voltamos para o palco Sunset para assistir Lenine. Meia hora de show e começa o tão famoso John Mayer. Aclamado, idolatrado, cantado em verso e prosa. Preciso conhecer esse cara, concluí imediatamente. Deve ser o show que estava esperando. Esperei uma música, duas, três, dez. Mulheres choravam e cantavam todas as letras. E choravam mais. E gritavam. Parecia um show do Menudo. E eu esperando que aquele show acontecesse. Nada. Nada da onda.

Quase perdendo as esperanças, lembrei do show de 2011 quando o Stevie Wonder colocou todo mundo no chinelo e me fez chorar. Então, aguardei o vovô Bruce que entraria no palco depois da meia-noite para mostrar como é que se faz.

O show começou com Sociedade Alternativa, do Raul Seixas. Não trata-se da melhor música do mundo, mas ele já surpreendeu a todos, mostrou respeito pelo público cantando em Português, mostrou que fez seu dever de casa e preparou uma música especialmente para nós, brazucas. Falou frases em Português e cantou, correu, dançou por quase três horas. Só parou porque a organização do festival disparou os fogos de encerramento.

Estava lá a dose maciça que eu precisava. Foi na veia. Foi certeiro. Foi mortal. A sensação é assim, de estar flutuando, de uma alegria genuína que é compartilhada por todos que estão ali, que cantam e dançam juntos. E choram juntos de emoção. Todas as idades, velhos, jovens, casais, crianças. A energia é leve, flui por entre a platéia, que vira um grande baile. Batemos palmas, sacudimos os braços e reverenciamos esse mega artista e sua genial E Street Band. Todos cantam juntos e sabem que aquele momento vai ficar para sempre na nossa memória.

É disso que eu estou falando: http://www.youtube.com/watch?v=wMI4INNitSc


E disso tudo:


E mais nada.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O sentimento não pode parar

Vô Luiz

Neste momento de despedida, tinha tantas coisas para dizer. Fico feliz que enquanto você esteve aqui conosco, sempre demonstrei todo meu amor por você. Sem dúvida nenhuma, você foi a pessoa mais especial que eu conheci em toda a minha vida e, que sorte, tenho em cada célula do meu corpo o seu dna.
Pensando bem, é o seu dna que grita em mim por festa e carnaval, que você sempre adorou. E a torcida por nosso querido Vasco da Gama também é influência sua e da Vovó. Pensando em você, só consigo ver coisas boas, qualidades. E não há nesse mundo alguém que pense o contrário. Esse Seu Luiz soube levar a vida, construiu sua família, trabalhou até quando o corpo deixou. Por ele, continuaria. A vida nunca foi fácil, mas parecia ser. Gostava de coisas simples, era uma pessoa simples e de uma inteligência extraordinária. Mesmo com a partida da Vovó e toda a tristeza que isso lhe trouxe, ele viveu mais 4 anos tentando fazer sua vida o melhor possível, lutando, sempre.
Mas, para nossa tristeza, no dia 28/11/2012 você foi vencido. Ou se cansou, sei lá. Quis encontrar minha avó e minha mãe. Não sei e talvez eu nunca vá saber.
Uma das últimas coisas que me disse era que não queria ir embora pois não ia mais me ver. Já estava se despedindo e eu nem percebi. Será que tudo acabou mesmo? Aquele amor gigantesco que temos um pelo outro ficou aonde? O meu está aqui, explodindo no meu peito pois não sei mais como fazer para que ele chegue até você. Então aqui está, minha carta com esta declaração de amor eterno ou até enquanto eu durar. Te amo demais Vô Luiz!


E como sua marca era a da alegria, sempre, fica aqui uma música que SEMPRE me lembra você, que adorava o carnaval e suas marchinhas:



"Augusto, Barbosa, Rafanelli, Danilo, Jorge e Eli, Djalma, Maneca, Friaça, lelé e Chico. Quantas vezes eu ouvi você repetir, sempre nessa ordem, o time do Expresso da Vitória! Eu ficava impressionada como você nunca errava. Aí, eu perguntava de novo: Vô: qual era mesmo o time? E você nunca falhava.
Nunca falhou também sua alegria de viver, simpatia e bondade. levou a vida assim, com espírito leve e muito amor. E foi tanto amor que eu recebi de você que mesmo com a sua partida, tenho tanto ainda aqui guardado. Tenho certeza que o grande amor que eu tenho por você também vai te acompanhar. Assim como o amor a admiração de todos os que tiveram o privilégio de te conhecer.
O Seu Luiz é a pessoa mais boa praça e querida que eu já conheci. Distribuía chocolates, vinhos, piada e sorrisos para qualquer pessoa que encontrasse. E foi colecionando amigos e admiradores pela vida.
Vô Luiz: a saudade já é gigantesca. Das risadas, das festas, do seu colo, de você. mas, como você diria se estivesse aqui: Vai com Deus e que Nossa Senhora Aparecida te proteja!"

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Cabra-macho, sim senhor!

Ler esse post ouvindo uma musiquinha fica bem mais legal! Vai lá! Arrasta esse pé!

O Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas é uma atração por si só. São centenas de barracas que vendem de tudo um pouco, música em alto volume vindo de todos os cantos, vários palcos espalhados e gente de todos os tipos zanzando para lá e para cá. O nome do restaurante que escolhemos dessa vez é Mandacaru.

Dieta é para os fracos! Foi essa a primeira coisa que passou pela minha cabeça quando esse pratinho frugal pousou na nossa frente... Se você observar, ele chega a brilhar de tanta gordura! Tinha frango, linguiça, carne, aipim frito, batata frita e até banana!


Para ser bastante sincera, eu não curti tanto quanto o senhor MM. Era praticamente uma injeção de gordura  nas paredes das minhas artérias, daquela gordura que entra e já fica presa nas paredes e obstrui a passagem do sangue! Exageros a parte, só comi um pedaço de frango. Quer dizer, eu não sou tão fraca assim, o feijão tropeiro foi devidamente traçado!

Uma mega vantagem é que os pratos são baratos demais! Essa orgia alimentar, que dá e sobra para duas pessoas (na verdade, até 4 pessoas que comem moderadamente poderiam dividir) custou R$55,00.




Porta de entrada da "casinha"

E vou te dizer, é muito bacana ficar zanzando para lá e para cá, indo de um palco para outro, vendo e ouvindo o forró comer solto, as pessoas se divertindo genuinamente e com tão pouco.



Afinal, para ser feliz não é preciso beber Veuve Clicquot aos pés da Torres Eiffel (tudo bem, isso também é bom demais...). Uma pinga, um forrozinho e o amor da sua vida do seu lado já é mara... E terminamos nosso domingo com uma felicidade que não cabia no peito!


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Hi-Lo gastronômico - o bacalhau

Quando a gente pensa em um lugar alto nível no Rio de Janeiro, a gente pensa Leblon ou Ipanema. E olhe lá. Mas, em se tratando de gastronomia, as coisas não são necessariamente tão óbvias assim.

Falemos do meu prato nada predileto: o bacalhau. Já disse aqui que esse está longe de ser um item da culinária que mais aprecio. Mas como este prato possui muitos amantes, decidi falar aqui sobre três lugares no Rio de Janeiro que valem a visita. E eles não ficam em bairros nada high level na cidade: Lapa, São Cristóvão e Benfica.

Na Lapa, o famoso bolinho de bacalhau do Nova Capela (já falei dele aqui) é tradição para os boêmios . Com um azeitinho no capricho e bacalhau de verdade, sem enganação, sem batatalhau. Para rebater uma noitada de birita, pode ser o aperitivo seguido de uma canja ou um belo de um carneiro com arroz de brocolis. Sem errada.

Em São Cristóvão, o famosíssimo Adegão Português. Sem brincadeira, é o melhor bacalhau que já comi na minha vida! Realmente, considero que é o lugar em que esse prato mais agradou meu paladar. Apesar de ser em São Cristóvão, não é baratinho. Mas vale demais a visita e a viagem caso você more longe. BTW, descobri recentemente que também tem filial na Barra da Tijuca.

Por último, o famoso Adonis. No dia de nossa ida para conhecer o famoso bacalhau, demos um passeio por São Cristóvão (São Januário, meu caldeirão!) e depois fomos na Cadeg comprar umas flores. Finalmente, encerramos a programação na zona norte nos empapuçando de bacalhau com azeite.  Esse é o típico Hi-Lo:  boteco da zona norte, cerveja de garrafa, guardanapos de papel sujando o chão, chevelho passando na porta com o rádio a toda e comida da melhor qualidade na mesa. Precisa de mais?

"Se for dirigir, não beba. Se for beber, me encontre no Adonis!"



sábado, 28 de julho de 2012

Boteco com vista

Ontem saiu no jornal O Globo uma matéria falando sobre os restaurantes com vista aqui no Rio de Janeiro. Onde o Rio continua lindo e cada vez mais gostoso.  Li, gostei, guardei. Ponto, parágrafo.
Chega a noite, aquela indecisão sobre o que fazer e o maridão saca a idéia: Botequim do Português no Lagoon (o quiosque original fica na Delfim Moreira). Uma das pedidas da matéria que eu tinha lido mais cedo. Distante a R$10,00 de casa. Formou, partiu.
Mesas disponíveis com vista para a Lagoa e a especialidade vertendo em forma de cachaça: caipirinhas!
Provamos 4 tipos: morango com amora, tangerina com gengibre, fruta de conde e maracujá com limão. Delícia! Todas bem palatáveis para minhas papilas gustativas de menina. Se você quer uma dose mais forte é só pedir que rola um chorinho... 


Fruta do conde

Saúde! Amora com morango ou tangerina com gengibre?


Maracujá com limão...

Como mandam as boas práticas pédecanescas, precisa rolar uma comida... Provamos o croquete de queijo com alho e uma linguiça que tarda, mas não falha. Tarda pois logo que você pede o garçom já avisa logo que vai demorar. Como ninguém aqui está com pressa, a Lagoa vai ficar ali se exibindo para a gente sem cobrar mais caro e a noite é uma criança... manda brasa na linguiça!
Provado, comprovado e aprovado.

Sempre em boa companhia...

Linguicinha com farofa no capricho!


Voltaremos em breve para conhecer, no andar de cima: Quadrifoglio Café e Giuseppe Grill Mar. Os demais restaurantes do Lagoon sugeridos na matéria do O Globo (Pax Delicia, Gula Gula) já não são novidade para nós...

Ah! Como a noite era um bebê e a gente não queria ainda voltar para casa, encerramos a orgia caipirinhesca na boa e velha Academia da Cachaça... com um feijãozinho amigo para encerrar a brincadeira...


terça-feira, 12 de junho de 2012

Enchendo Linguiça

Esse é um dos botecos mais botecos que surgiram por aqui nos últimos tempos. Não que eu não tenha frequentado...isso não. Até fiz um tour por diversos dos participantes do Comida di Buteco 2012. O post não rolou, mas prometo que irá pintar meu ranking em breve por aqui.

Por enquanto, passada rápida para falar do Enchendo Linguiça. No coração do Grajaú (Av. Engenheiro Richard, 02 Loja A), este boteco pé-limpo tem uma série de quitutes da baixa gastronomia que são de lamber os beiços. Domingo passado fizemos o tira-teima do Schweinhaxe (joelho de porco) :
Joelho de porco a pururuca

Escolhemos feijão tropeiro e salada de batata como acompanhamentos. Vamos combinar que não se trata de um prato para quem está fazendo dieta de emagrecimento. Muito pelo contrário. Diz o garçom que o povo costuma ainda levar o osso para casa para colocar no feijão! Não chegamos a esse ponto. Ainda. 

O cardápio é dividido em: (1) Da chapa, (2) Da Frigideira, (3) Sanduíches e (4) Da Televisão de Cachorro (Schweinhaxe).

Vale a visita. E se sobrar o ossinho, leva para seu cachorro... ele vai amar!


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Restaurant Week Rio de Janeiro

Está chegando! A edição Restaurant Week Rio de Janeiro 2012! Os menus vão custar R$31,90 no almoço e R$43,90 no jantar incluindo entrada + prato principal + sobremesa.


Não podemos perder e na minha lista de must go estão:

  1. Barracuda
  2. Espirito Santa
  3. Gran Cru Ipanema
  4. Le Vin
  5. Nam Thai
  6. Oui Oiu
  7. Restô Ipanema
  8. Sawasdee Bistrô
  9. Zozô
Será que vou conseguir dar conta do recado? Em breve, cenas dos próximos capítulos!

Veja aqui a lista de todos os restaurantes e escolha o seu!